domingo, 5 de junho de 2011

HISTORIA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL E RIO GRANDE DO SUL

A imigração italiana no Brasil teve como ápice o período entre 1880 e 1930. Segundo dados da embaixada italiana no Brasil, vivem no País 300 mil cidadãos italianos e cerca de 25 milhões de brasileiros são descendentes de imigrantes italianos. Os ítalo-brasileiros estão espalhados principalmente pelos estados do Sul e do Sudeste do Brasil, quase metade no estado de São Paulo. Assim, os ítalo-brasileiros são considerados a maior população de oriundi (descendentes de italianos) fora da Itália.

Histórico

A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice a faixa de tempo entrAe os anos de 1880 e  1930. A maior parte dela se concentrou na região do estdo de São Paulo.
Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir da década de 1870. Foram impulsionados pelas transformações socioeconômicas em curso no Norte da península itálica, que afetaram sobretudo a propriedade da terra. Um aspecto peculiar à imigração em massa italiana é que ela começou a ocorrer pouco após a unificação da Itália (1871), razão pela qual uma identidade nacional desses imigrantes se forjou, em grande medida, no Brasil.
O século XIX foi marcado por uma intensa expulsão demográfica na Europa. O alto crescimento da população, ao lado do acelerado processo de industrialização, afetaram diretamente as oportunidades de emprego naquele continente. Estima-se que, entre 1870 e 1970, em torno de 28 milhões de italianos emigraram (aproximadamente a metade da população da Itália). Entre os destinos principais estavam diversos países da Europa, América do Norte e América do Sul.

O Brasil como destino

Para compreender a imigração italiana no Brasil, é necessário analisar os aspectos do País no século XIX. A nação brasileira estava passando por um período de fermentação das idéias abolicionistas. Membros do Partido Liberal e do Conservador defendiam a libertação dos escravos, também defendida por intelectuais e jornalistas da época. A Lei Eusébio de Queirós (1850) marcou o início do processo de abolição, proibindo o tráfico negreiro. A partir deste momento, começa a surgir falta de mão-de-obra nas zonas cafeeiras, limitadamente resolvida com a importação de escravos da Região Nordeste. É notório, porém, que a vinda desses cativos foi provisória pois, rapidamente, seu número se tornou escasso. Ao mesmo tempo, surge no Oeste Paulista um grupo de fazendeiros de origem burguesa que defende o uso da mão-de-obra livre nas plantações de café, se opositando àqueles do Vale do Paraíba, historicamente escravagistas. Novas leis, como a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885) anunciavam o fim próximo da escravidão.
Enquanto isso, a Itália passava pelas guerras pela Unificação Italiana. Após o fim destas, a economia italiana se encontrava debilitada, associada a problemas de alta taxa demográfica e desempregos. Os Estados Unidos (maior receptor de imigrantes) passaram a criar barreiras para a entrada de estrangeiros. Tais fatores levaram, a partir da década de 1870, ao início da maciça imigração de italianos para o Brasil.

A colonização italiana no Sul

Os primeiros imigrantes vindos da Itália chegaram ao Brasil em 1875. Os italianos primeiramente se instalaram no Sul do Brasil. Em 1850, o País decreta a Lei de Terras, em que só se podia ter acesso às terras através da compra das mesmas, e não apenas apossando-se delas, como anteriormente. O fator principal de o Sul ser o pioneiro na imigração italiana se deve ao mais fácil acesso às terras naquela região. Aos italianos, restou as terras mais inférteis ao longo das serras sulistas, pois as melhores terras já se encontravam ocupadas, sobretudo por imigrantes alemães.
Nessas regiões, o italiano se agrupou em colônias agrícolas, muitas vezes compostas exclusivamente por italianos. Desta maneira, o doloroso fato de abandonar sua terra natal se tornava mais ameno, a partir do momento que o imigrante tentava recriar em terras brasileiras características de seu país de origem. As primeiras colônias criadas pelo governo foram na Serra gaúcha, no Rio Grande do Sul, nas atuais cidades de Garibaldi e Bento Gonçalves.
Os imigrados no Sul do Brasil eram, em sua maioria, do Vêneto, norte da Itália. Após cinco anos, o grande número de imigrantes obrigou o Governo a criar uma nova colônia italiana, Caxias do Sul. Os italianos se espalharam por várias partes do Rio Grande do Sul, e muitas outras colônias foram criadas por particulares, que vendiam as terras aos italianos.
Nessas terras, os imigrantes italianos começaram a cultivar uvas e a produzir vinhos. Atualmente, essas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias italianas de Santa Catarina, como Criciúma e Urussanga, assim como outras no Paraná.
Nas colônias do Sul do Brasil, os imigrantes italianos puderam se agrupar no seu próprio grupo étnico, onde podiam falar seus dialetos de origem e manter sua cultura e tradições. A imigração italiana para o Brasil meridional foi muito importante para o desenvolvimento econômico, assim como para a cultura e formação étnica da população.

Mão-de-obra italiana para o café no Sudeste

Embora tenha sido a região Sul a pioneira na imigração italiana, foi a Região Sudeste aquela que recebeu a maioria dos imigrantes. Isto se deve ao processo de expansão das lavouras de café em São Paulo. Com o fim do tráfico negreiro e o sucesso da colonização italiana no Sul, o Governo Paulista passa a incentivar a imigração italiana com destino aos cafezais. A imigração subsidiada de italianos começou na década de 1880. Os próprios donos das fazendas de café tratavam de atrair imigrantes italianos para as suas propriedades. Os proprietários de terras pagavam a viagem e o imigrante tinha que se propor a trabalhar nas fazendas para devolver o valor da passagem paga.
Os imigrantes italianos, na maioria, imigravam para o Brasil em famílias e eram chamados de colonos. Os fazendeiros, acostumados a trabalhar com escravos africanos, passaram a lidar com trabalhadores europeus livres e assalariados. Todavia, muitos italianos nas fazendas de café foram submetidos a jornadas de trabalho maçantes como as enfrentadas pelos afro-brasileiros e muitos eram tratados de maneira semelhante a dos escravos. Essa situação gerou muitos conflitos entre os imigrantes italianos e os fazendeiros brasileiros, causando rebeliões e revoltas. As notícias de trabalho semi-escravo chegaram à Itália, e o governo italiano passou a dificultar a imigração para o Brasil.

Os italianos nas cidades brasileiras

São Paulo recebeu 70% dos imigrantes italianos. Muitos deles conseguiram escapar das abusivas fazendas de café e se instalaram nos centros urbanos. O imigrante italiano no meio urbano brasileiro foi de extrema importância, participando ativamente do desenvolvimento do comércio e de atividades urbanas. Em 1900, 81% dos operários fabris de São Paulo eram italianos. Desta forma, membros da comunidade italiana passaram a compor a elite paulista: a maioria dos primeiros grandes industriais de São Paulo, como os Matarazzo, vinham da colônia italiana.

Regiões de origem

A imigração italiana no Brasil ficou marcada por ter vindo, sobretudo, do Norte da Itália. A grande corrente migratória veio do Vêneto, no Nordeste italiano, região outrora com grandes problemas nas zonas rurais. Foi notória, porém, a presença de pessoas originárias do Sul da Itália, sobretudo no início do século XX, nas plantações de café paulistas.
A preferência do governo brasileiro pelo imigrante do Norte italiano era evidente. O norte-italiano era mais preparado, conhecia a industrialização e vivia em uma Itália mais moderna, em comparação ao agrário e atrasado Sul da Itália. Além disto, os italianos do Norte eram mais brancos e loiros que os morenos do Sul. Idéias racistas faziam parte do governo brasileiro daquela época que pretendia, através da imigração de europeus, branquear o povo brasileiro.
Imigração italiana para o Brasil (1876-1920)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística[12]
Região de Origem
Número de Imigrantes
Região de Origem
Número de Imigrantes
365.710
44.390
166.080
40.336
113.155
34.833
105.973
25.074
93.020
15.982
81.056
11.818
59.877
9.328
52.888
6.113
Total : 1.243.633

                                               OS ITALIANOS NOS ESTADOS BRASILEIROS

Rio Grande do Sul

O estado do Rio Grande do Sul recebeu a primeira leva de imigrantes italianos a chegar ao Brasil. Os primeiros imigrantes desembarcaram em 1875, para substituírem os colonos alemães que, a cada ano, chegavam em menor quantidade. Os colonos italianos foram atraídos para a região para trabalharem como pequenos agricultores e lhes foram reservadas terras selvagens na encosta da Serra Gaúcha.
Na região foram criadas as primeiras três colônias italianas: Conde D’Eu, Dona Isabel e Campo dos Bugres, atualmente as cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, respectivamente. Com o tempo, os italianos passaram a subir as serras e a colonizá-las. Com o esgotamento de terras na região, esses colonos passaram a migrar para várias regiões do Rio Grande. A base da economia na região italiana do Rio Grande foi, e continua a ser, a vinicultura.
Várias colônias italianas foram criadas, dando origens a cidades como Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Garibaldi, Flores da Cunha, Antônio Prado, Veranópolis, Nova Prata, Encantado, Guaporé, Lagoa Vermelha, Soledade, Cruz Alta, Jaguari, Santiago, São Sepé, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul. Essas são as principais colônias italianas do estado. Estima-se que imigraram para o Rio Grande 100 mil italianos, entre 1875 e 1910. Em 1900, já viviam no estado 300 mil italianos e descendentes.
Atualmente, vivem no Rio Grande do Sul três milhões de italianos e descendentes, representando cerca de 30% da população do estado.

Santa Catarina

Os primeiros imigrantes italianos chegaram ao estado de Santa Catarina em 1836, oriundos da Sardenha, fundando a colônia de Nova Itália (atual São João Batista)[14]. Esses imigrantes pioneiros chegaram em número reduzido e pouco influenciaram na demografia do estado. Foi mais tarde, a partir de 1875, que passou a ser assentado no estado número maior de imigrantes italianos. Neste ano, foram criadas as primeiras colônias italianas do estado : Rio dos Cedros, Rodeio, Ascurra e Apiuna. Diversas outras colônias foram criadas nos anos seguintes, sendo o sul de Santa Catarina o principal foco de colonização italiana do estado. Os imigrantes se dedicaram principalmente à agricultura e à indústria de carvão.
A partir de 1910, milhares de gaúchos migraram para Santa Catarina, entre eles, milhares de descendentes de italianos. Esses colonos ítalo-brasileiros colonizaram grande parte do Oeste catarinense.
Atualmente, vivem em Santa Catarina três milhões de italianos e descendentes, representando cerca da metade da população catarinense.

Paraná

Em 1900, viviam no estado do Paraná trinta mil italianos, espalhados por catorze colônias etnicamente italianas e outras vinte mistas. No início, a maior parte dos imigrantes trabalhou como colonos autônomos porém, com o desenvolvimento do café, passaram a compor a mão-de-obra da região. As maiores colônias prosperaram na região metropolitana de Curitiba. A influência italiana se faz presente em todas as regiões do estado.
Atualmente, representam cerca de 40% da população do estado.

São Paulo

O estado de São Paulo possui a maior colônia italiana no Brasil. Atraídos para trabalharem nas colheitas de café, no ano de 1900 já viviam no estado 800 mil italianos. Com o fim da escravidão no Brasil, o país começou a atrair imigrantes a fim de substituir a mão de obra africana. São Paulo concentrava a maior parte das fazendas de café e, por isso, recebeu 70% de todos os imigrantes italianos que vieram para o Brasil.
Com a decadência da produção cafeeira, os italianos passaram a rumar cada vez mais para o centros urbanos, onde chegaram a compor a maior parte da mão-de-obra nas indústrias paulistas. A influência italiana em São Paulo é evidente tanto no interior do estado, como nas regiões urbanizadas, em bairros como a Mooca ou o Bixiga.
Atualmente, vivem em São Paulo treze milhões de italianos e descendentes, representando cerca de 32,5% da população do estado.

Minas Gerais

Minas Gerais tornou-se um dos maiores redutos da colônia italiana do Brasil. A imigração ficou dividida em dois segmentos: colonos agricultores que foram atraídos para os arredores de Belo Horizonte e trabalhadores para o café, atraídos para o Sul de Minas. Em 1900, já viviam no estado 70 mil italianos.
Atualmente, vivem em Minas Gerais 1,5 milhão de descendentes de italianos, representando cerca de 7,5% da população do estado.
O Cruzeiro Esporte Clube foi fundado em 1921 pelos italianos, como Società Sportiva Palestra Italia e só alterou seu nome devido a Segunda Guerra Mundial.

Rio de Janeiro

Ao contrário do que sucedeu no restante do Brasil, no Rio de Janeiro os imigrantes italianos eram majoritariamente urbanos, trabalhando principalmente na indústria e no comércio. Em 1900 viviam no estado 35 mil italianos, a maioria na própria cidade do Rio de Janeiro, e o restante nas colheitas de café.
Atualmente, vivem no Rio de Janeiro 600 mil italianos e descendentes, representando cerca de 4% da população do estado.

Espírito Santo

O Espírito Santo abriga uma das maiores colônias italianas do Brasil. Os imigrantes foram atraídos para o estado a fim de ocupar inicialmente a região das serras. Os imigrantes foram obrigados a enfrentar a mata virgem e foram abandonados pelo governo à própria sorte. A situação de miséria vivida por muitos colonos fez com que, em 1895, o governo italiano proibisse a emigração de seus cidadãos para o Espírito Santo. De qualquer forma, a contribuição italiana para a cultura e economia do estado foi de fundamental importância e, hoje, o estado possui a maior porcentagem de ítalo-descendentes do Brasil, atualmente prósperos na Capital ou nas cidades do interior, onde mantêm as tradições seculares de seus antepassados.
Devido ao isolamento de mais de um século, as colônias italianas do interior do Espírito Santo ainda mantêm costumes dos imigrantes e muitos dos descendentes ainda falam dialetos italianos.
Atualmente, vivem no Espírito Santo 1,7 milhão de italianos e descendentes, já bastante miscigenados com outras etnias, representando cerca de 65% da população do estado.

Centro-Oeste do Brasil

Praticamente não houve imigração italiana para a região Centro-Oeste do Brasil. A maior parte das pessoas de origem italiana da região são migrantes oriundos do Sul do Brasil. A partir da década de 1970, a falta de oportunidades no interior do Sul fez com que milhares de sulistas migrassem para o Centro-Oeste, em especial para o Mato Grosso do Sul. Entre esses migrantes, figuravam milhares de ítalo-brasileiros.
Atualmente, vivem na região Centro-Oeste 400 mil italianos e descendentes, representando cerca de 4% da população da região.

Norte do Brasil

Semelhante ao que ocorre no Centro-Oeste, na região Norte do Brasil a maior parte dos ítalo-descendentes tem origens no Centro-Sul do país.
Atualmente, vivem na região Norte um milhão de italianos e descendentes, representando cerca de 6,8% da população da região.

Nordeste do Brasil

A imigração italiana no Nordeste foi mínima, quando compara-se com as regiões Sudeste e Sul. No ano de 1900, viviam na região seis mil italianos, a maior parte no estado da Bahia, mais precisamente ao Sul da Bahia, na região do município de Jaguaquara.
Em 1837 chega à Bahia um grupo de 62 exilados políticos oriundos da península italiana, que foram presos devido às agitações políticas que ocorriam no período que antecedeu à unificação da Itália. Estes exilados sensibilizaram-se e aderiram ao movimento revolucionário que ocorria em Salvador, a Sabinada. Alguns foram presos, outros retornaram para a Itália e houve aqueles que mudaram para o Rio de Janeiro. Este envolvimento político dos imigrantes fez com que uma nova leva de exilados, oriundos da região de Nápoles, fosse cancelada.
Com a migração inter-regionais, alguns descendentes de italianos oriundos do Sudeste do Brasil vivem na região.
Atualmente, vivem no Nordeste 150 mil italianos e descendentes, representando cerca de 0,35% da população da região.

O declínio da imigração italiana

As contínuas notícias de trabalho semi-escravo e condições indignas nas fazendas de café do Brasil fizeram com que a imigração de italianos para o Brasil caísse, e se desviasse para os Estados Unidos e Argentina. A imigração italiana no Brasil continuou grande até a década de 1920, quando o ditador Benito Mussolini, com seu governo nacionalista, passou a controlar a imigração italiana. Após a Segunda Guerra Mundial e a declaração de guerra do Brasil contra os países do eixo, a vinda de italianos para o Brasil entrou em decadência. Paralelamente, o país recebeu ajudas financeiras através do Plano Marshall, que obrigou a permanência de trabalhadores para reconstruir a Itália
No Brasil, com o excesso de mão-de-obra, o então presidente Getúlio Vargas decreta, em 1934, a Lei de Cotas de Imigração, que dificultava a entrada de estrangeiros no País. Após a II Guerra Mundial entraram, ainda, noventa mil italianos no Brasil encerrando, assim, o grande fenômeno migratório para o País.

Língua

Hoje em dia, quase todos os ítalo-brasileiros falam o português como língua materna. No Rio Grande do Sul, porém, o dialeto talian (com raiz no vêneto), é bastante difundido nas zonas vinícolas do estado.[23]
A língua italiana foi proibida no Brasil na década de 1930, pelo presidente Getúlio Vargas, após declarar guerra contra a Itália. Qualquer manifestação da cultura italiana no Brasil era crime. Isso contribuiu bastante para que o idioma italiano fosse pouco desenvolvido entre os descendentes de italianos. O idioma somente sobreviveu em zonas agrícolas isoladas no sul do país como em alguns lugares do Rio Grande do Sul.

A influência italiana no Brasil e seus descendentes

A imigração italiana para o Brasil foi um dos maiores fenômenos imigratórios já ocorridos. A medida que o número de imigrantes e seus descendentes ia crescendo, o Brasil modificava os seus costumes, assim como os imigrantes modificam os seus. É de notar que a influência italiana no Brasil não ocorreu de forma uniforme: enquanto no Sul/Sudeste do País a comunidade italiana era forte e, em certas localidades, chegaram a representar a maioria da população, noutras regiões do País a presença italiana foi quase nula.
Das inúmeras contribuições dos italianos para o Brasil e à sua cultura, destacam-se:
·                     O enraizamento do catolicismo no Brasil, trazendo elementos italianos para a religião brasileira.
·                     Diversos pratos que foram incorporados à alimentação brasileira, como o hábito de comer panetone no Natal e comer pizza e espaguete freqüentemente (principalmente no Sudeste), além da popular polenta.
·                     O sotaque dos brasileiros (principalmente na cidade de São Paulo (ver dialeto paulistano), na Serra gaúcha, no sul catarinense e no interior do Espírito Santo).
·                     A introdução de novas técnicas agrícolas (Minas Gerais, São Paulo e no Sul).
A imigração italiana no Brasil também serviu de inspiração para várias obras artísticas, televisivas e cinematográficas, como as telenovelas Terra Nostra e Esperança, e o filme O Quatrilho, que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

O ABRASILEIRAMENTO DOS ITALIANOS

Católico e latino, o imigrante italiano se assimilou no Brasil mais facilmente que alemães e japoneses, por exemplo. Entre as Duas Grandes Guerras, 71,3% dos homens italianos no Brasil estavam casados com mulheres brasileiras. Apenas 20% com italianas e 8,7% com imigrantes de outras nacionalidades. O quase desaparecimento dos dialetos italianos no Brasil é um outro exemplo dessa rápida assimilação.
É evidente, porém, as diferenças entre o grupo de italianos que se concentrou em colônias (no Sul) e os trabalhadores do café (Sudeste). Nas colônias, o imigrante se manteve por cerca de três gerações praticamente isolado com outros italianos nas zonas rurais sulistas. No Sudeste do Brasil, por outro lado, o italiano mais facilmente se integrava entre a população local.

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